"Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho..." - João 3:16,17


"Pois Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna" João 3:16

Irar-se e Não Pecar!




Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai. Sal. 4:4.

Pode você comer sem mexer a boca, correr sem agitar-se ou dormir sem fechar os olhos? Não! Como é possível então irar-se sem pecar? A ira em si já não é um ato pecaminoso?
O verbo hebraico ragaz, que no texto de hoje é traduzido como ira, indica comoção. Pode ser física ou psíquica, mas afeta toda a estrutura humana. Já o verbo jatá, que neste salmo é traduzido como pecar, significa literalmente “erram o alvo”. Quer dizer que cada vez que a ira toma posse de nosso ser, queiramos ou não, “erramos o alvo”. Não chegamos aonde queríamos chegar e, na maioria das vezes, chegamos aonde não queríamos chegar.
Na semana em que escrevo esta meditação, o Brasil assistiu horrorizado pela televisão a cena brutal do assassinato cometido por um juiz, pelo simples fato de o guarda do supermercado ter lhe dito que havia chegado a hora de encerrar o expediente. Aquele juiz nunca pensou em cometer semelhante crime. Mas na hora da ira houve uma comoção interior que o levou a tal loucura. Por isso, o conselho divino é: quando a ira aparecer e estivéreis afetados física e psiquicamente, “consultai no travesseiro o coração e sossegai”. Nada melhor para o problema da ira do que esperar pelo dia seguinte.
Tome uma decisão hoje. Diante das adversidades da vida, quando as coisas não saírem como você gostaria que saíssem, em circunstâncias em que você sente que vai perder o controle, deixe as coisas como estão e respire fundo. Retire-se, se for possível. Dê um tempo, “consulte no travesseiro o coração”, clame a Deus e, depois, mais sossegado, você verá as coisas de um outro ponto de vista e encontrará a saída mais sábia e equilibrada.
Não “erre o alvo”, não se machuque nem machuque o próximo. Não abra feridas no coração de pessoas que você ama e que estão à sua volta. Meça suas palavras. Medite nas conseqüências de atos impulsivos. Você não pode evitar sentir o que está sentindo. Isso é natural, pois você é um ser humano. Quando alguém o contraria, faz algo indevido contra você ou o ataca, é natural que isso altere todo o seu ser. Mas siga o conselho divino: “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai.”

Por Alejandro Búllon

Esperando




O próprio Senhor descerá dos céus. 1 Tessalonicenses 4:16, NVI

Com esforço, pedalei a bicicleta por três quilômetros, até chegar lá. Uma multidão havia chegado antes de mim, mas ainda encontrei um bom lugar – em pé, firme, na rampa inclinada, às margens da Estrada da Esperança. Era o lugar certo, bem acima do leito da estrada, com visão total da passagem da Princesa Elizabeth e do Príncipe Philip. Em meus 16 anos, eu nunca havia aguardado tão ansiosamente um evento.

Parada ali, com as mãos apoiadas no guidão da bicicleta e os olhos dançando de rosto em rosto, absorvi o “clima”. Todos aguardavam, esperavam ter um vislumbre da princesa e seu príncipe, que tinham vindo da Inglaterra para visitar nossa ilha. Em breve, nós os veríamos.
Policiais, com túnicas brancas engomadas e calças pretas, com uma faixa vermelha de cada lado, estavam a postos para manter a ordem, mas seus serviços não foram necessários. Todos estavam em pé ou sentados na encosta, de modo ordeiro. As bandeiras tremulavam ao sabor da brisa, nas mãos de criancinhas bem como de adultos, ansiosos por mostrar seu amor ao casal real. Eram quatro horas. Esperamos. Uma fila de carros de polícia em movimento lento apareceu na estrada. Cinco horas. Continuávamos esperando.

Então começou, lá longe, na estrada – vozes fracas e o toque de trombetas. Um murmúrio passou ao longo da rampa de espectadores. Aos poucos, foi-se aproximando. Então vimos o que parecia uma carruagem encantada de contos de fadas. A multidão prorrompeu em aplausos.

Exatamente ali, diante dos nossos olhos, estava o Rolls Royce preto, trazendo a sorridente princesa e seu príncipe. Enquanto o automóvel passava lentamente, a princesa acenava com sua luva branca. A tiara de pedras preciosas cintilava sob uma luz suave dentro do carro. O automóvel não parou, mas passou devagar pela multidão que acenava e aplaudia. Tudo aconteceu durante um breve momento. Depois, como um suspiro, passou.

Estamos esperando, em pé nas rampas do tempo, aguardando o surgimento do Príncipe. Estamos ansiosos. Nossos olhos se fixam nos céus, de onde Ele virá, marchando sobre uma nuvem de anjos, ao som de trombetas que anunciam Seu glorioso aparecimento. Ele Se aproxima. Nós nos emocionamos. Nosso coração aguarda com alegre expectativa. Nosso Rei virá!

Judith Nembhard

Eu te amo, ó Senhor, força minha - Salmo 18:1


O Senhor é o meu rochedo, o meu lugar forte... - Salmos 18:2


O refúgio




O Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação. Sal. 9:9.

Você já viu um ratinho desesperado fugindo do gato? Aquele esconderijo onde o ratinho consegue ficar salvo do seu predador é a figura exata para definir o que é um refúgio. É justamente isso que será o Senhor para aqueles que nEle confiam.
Você deve ter percebido que o texto de hoje traz duas vezes a palavra refúgio. Em português não se percebe a diferença, mas no original hebraico existe uma leve variação da palavra. Na primeira vez, dá a entender que é um refúgio alto, onde ninguém pode alcançar você. Na segunda vez, a variante acrescenta a idéia de um refúgio forte que ninguém pode destruir.
Não é maravilhoso? Neste mundo em que você vive rodeado de perigos constantes, nas estradas, no trabalho, enfim, nas mais diversas circunstâncias, acusado por inimigos sem rosto que estão sempre dispostos a destruir sua vida e ferir as pessoas que você ama; nesta vida de competição onde nem sempre os mais capazes vencem, e sim os mais desleais, você não acha maravilhoso saber que o Senhor é um refúgio alto e forte aonde você pode correr exausto para encontrar segurança e consolo?
O texto de hoje fala da tribulação e dos oprimidos. Literalmente, essas expressões significam “tempos de dificuldade” e “humildes”. Deus está falando aqui de pessoas que, por serem mansas, por buscarem a paz, por quererem o bem dos outros, guardam silêncio e aceitam a dor e, em conseqüência, passam por tempos difíceis, esperando que Deus Se manifeste em algum momento. E Deus Se manifesta. “É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.” Salmo 121:4.
Nas horas mais dolorosas e amargas, quando o mundo parece não compreendê-lo, corra ao seu refúgio e converse com seu Pai que tudo vê e que, sim, é capaz de entender as aflições de sua alma.
Não saia hoje para as lutas e os desafios que o aguardam no caminho sem ter a certeza do companheirismo de Jesus. Não importa quão escuro pareça o horizonte ou quão escabrosa a estrada, lembre-se ao longo do dia que “o Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação”.

Por Alejandro Búllon

Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões - Isaías 53:5


Em que é que confía?




“Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem.”
Provérbios 11:28
 
              Augusto e Adela formavam um casal aparentemente feliz, até que Adela conheceu o evangelho e deparou-se com princípios de vida que ignorava. Augusto acreditava que Adela era ingénua demais para acreditar nas “tolices” antigas da Bíblia.
             Juntos tinham construído uma grande fortuna. Mas Adela reconhecia que não teriam conseguido todo esse dinheiro se não tivessem entrado no terreno da desonestidade, da mentira e da boa-fé das pessoas – coisas que não estava mais disposta a praticar, agora que conhecia os princípios espirituais e morais que a Bíblia ensina.
             Foi aí que começaram as discussões e desavenças. Ambos moravam na mesma casa e eram proprietários da mesma empresa, mas possuíam conceitos completamente diferentes da vida e dos negócios. A situação ficou insustentável, e a consequência natural foi o divórcio.
            Adela ficou insegura com a separação. Tinham dois filhos pequenos e, embora tivesse feito tudo para salvar o casamento, chegou à conclusão de que, se quisesse ser leal à sua consciência e a Deus, teria de aceitar aquela solução inevitável.
            Augusto aproveitou-se da fragilidade da esposa e dos princípios que agora orientavam a sua vida, e apoderou-se da empresa, deixando-a praticamente na miséria. O único Deus que ele reconhecia era o dinheiro e tinha-o em abundância. No seu coração, não havia lugar para a generosidade, nem para a compreensão. Argumentava que a esposa estava a viver a vida que tinha escolhido para si.
            O tempo passou. Cinco anos. No inicio, Adela parecia erva seca e sem vida. Parecia. Mas a realidade era outra, porque acreditava nas promessas divinas e estas diziam que ela “reverdeceria”. E assim foi. Começou outra empresa nos anexos da casa, com a ajuda de alguns vizinhos. Hoje, possui uma florescente empresa de alimentos pré-cozinhados.
             Augusto faliu, vítima das suas ambições desmedidas. Não acha que vale a pena pensar na experiência de Augusto e Adela? Sim, porque “quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem.”

por Alejandro Búllon

Como é que trata os animais?



“O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel.”
Provérbios 12:10

Sabia que o carácter de uma pessoa pode ser avaliado pela maneira como trata os animais? “O justo”, afirma Salomão, “atenta para a vida dos seus animais.” Na verdade, o justo atenta para a vida. Sabe que a vida é uma expressão do amor de deus. No caso dos animais, é uma vida dependente.
             Quando Deus criou o ser humano, disse-lhe: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeita-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que rasteja pela terra.” (Génesis 1:28).
            O verbo dominar não significa apenas subjugar com propósitos egoístas, mas cuidar e proteger. A vida humana é uma vida inteligente, e os animais são seres irracionais.
            A maneira como tratamos os animais expressa, de certo modo, a maneira como tratamos a vida e os seres humanos que estão sob a nossa responsabilidade. As pessoas merecem compaixão. Merecem justiça. Seja justo. “O justo atenta para a vida.”
           No lado oposto da justiça está a injustiça, que deriva da crueldade. O perverso é déspota até quando é compassivo. Olha para baixo. Como se, pelo facto de precisarem de ajuda, as pessoas fossem menos humanas do que ele.
           Se pudéssemos levar ao laboratório os sentimentos do perverso, veríamos que a crueldade não passa de uma auto punição inconsciente pelo desassossego que o seu coração sente. O perverso não é feliz. Não sabe explicar porquê, mas sente que falta algo e culpa-se por isso e maltrata-se com actos de crueldade para com os demais. Acredita que isso aumentará a dor que ele inconscientemente acha que merece.
           Se pudesse olhar noutra direcção, veria que ser feliz é simples. Não tem complicação nenhuma. É apenas reconhecer-se como criatura. Reconhecer que existe um Deus. Seguir os Seus conselhos e enfrentar as lutas da vida com a certeza de que não está sozinho.
           Viva hoje uma experiencia de amor e de justiça. Faça o bem a quem supostamente precisa de si, porque: “O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel.”

por Alejandro Búllon

Quais são as pessoas que nos inspiram?



Warren Bennis, um perito em liderança no mundo corporativo, crê que o povo americano não tem mais nenhum herói real ou notáveis líderes. No passado admiramos Lindbergh, DiMaggio ou Astaire porque eles eram exemplo de excelência; agora os nossos heróis são somente os ricos e famosos que têm poder, prestígio e estilos extravagantes de vida. Na ausência de coisa melhor, nós veneramos as estrelas do show business, idolatramos os reis do mundo de negócios, e até admiramos pessoas que têm quebrado a lei, caído na imoralidade, ou sumido da sociedade. Nós preferimos ler sobre Madonna e ler sobre madre Teresa, porque a freira nos deixa sentindo vazios e pecadores, enquanto a superestrela nos deixa sentindo justos e moralmente superiores.

in Você pode fazer a diferença de Gary R. Collins

Como Jesus tratava as Pessoas: Como Jesus Tratou os Caídos




Na pequena vila de Betânia, cerca de seis quilômetros de Jerusalém, moravam duas irmãs, Maria e Marta, e seu irmão Lázaro. Aparentemente, Lázaro era o mantenedor da família. O pai e a mãe já haviam morrido. Assim, Maria, Marta e Lázaro moravam juntos nessa pequena vila.

Você pode ver Lázaro indo ao trabalho cada dia carregando seu almoço, voltando para casa cansado, quem sabe, ouvindo as notícias do dia, indo para a cama – somente para começar tudo outra vez no dia seguinte.

Marta era o tipo da “Marta”! Ela podia preparar refeições para um grande grupo, uma festa de casamento ou um piquenique de igreja. Ela nunca se sentia mais feliz do que quando ia para a cozinha experimentar uma nova receita. Marta era uma boa pessoa. Ela nunca fazia nada errado. Provavelmente a pior coisa que ela fez foi lamber as pontas dos dedos quando removia alguma massa da batedeira. Ela era religiosa. Era muito difícil não ser assim naquele tempo e naquela localidade. Cada sábado, pela manhã, ela descia pelo trilho de sua casa até a sinagoga.

Maria, por outro lado, era mais interessada no cenário social. Ela amava as pessoas. Sempre que houvesse uma reunião social da igreja ou um piquenique, ela era sempre convidada a saudar as pessoas e ajudá-las a se sentir em casa. Ela era atraente – talvez até demais.

Maria, porém, carregava uma carga secreta de culpa e miséria que ninguém suspeitava. Isso tinha que ver com seu tio Simão. Simão o fariseu.

Os fariseus gozavam de bons conceitos naqueles dias. Hoje não, mas naquele tempo eram bem conceituados. Se alguém fosse questionado sobre o que seu filho estava fazendo, ele nunca estaria mais feliz do que dizer: “Meu filho é um fariseu.”

Assim, Simão tinha bom conceito em Betânia. Ele era um líder da igreja. Era respeitado na comunidade. As pessoas até o respeitavam por sua íntima associação com a família de Maria, Marta e Lázaro. Como parente chegado, esperava-se que ele cuidasse de seus sobrinhos. Um dia, porém, Simão começou a olhar muito para Maria e, estando na posição que ocupava, ele logo levou Maria a ceder às suas exigências.

Aparentemente ninguém sabia o que estava acontecendo. Simão continuava a liderar na sinagoga. Maria continuava a sorrir, brincar, agradar e a atrair. Porém, a carga de culpa que ela levava era quase insuportável.

Algumas vezes ela tentou arrazoar com seu tio – tentando libertar-se de seu controle. Porém, as mulheres não eram muito ouvidas naqueles dias, e eram suas palavras contra as dele. Ele ameaçou-a com exposição em público e até mesmo a morte. Ele culpou-a pelo problema em primeiro lugar. E Maria finalmente perdeu a esperança de um dia ser livre novamente.

Como acontece freqüentemente, quando uma pessoa religiosa se envolve em pecado secreto, Maria começou a tentar punir-se. Ela era constantemente relembrada pelos cordeiros, e pelo sangue, pelo sacrifício da manhã, da tarde, que alguém tem que pagar. E se você está tentando por você mesmo pagar seus próprios pecados e tentando punir-se, um dos melhores métodos é cometer o mesmo pecado outra vez. Isso fará você sentir-se pior. E fazer você sentir-se pior é uma forma convincente de autopunição.

Se a autopunição continua, você comete o mesmo pecado, vez após vez, até que finalmente há apenas uma coisa para ser feita – pular de uma ponte de algum lugar como forma final de autopunição.
Assim, Maria começou a tentar punir-se, e como resultado ela chegou a ser conhecida ao redor da cidade como uma mulher perdida. As mães falavam por cima das cercas: “Você ouviu falar de Maria?”
“Sim.”

“Cuidado com Maria. Mantenha seus filhos longe dela.”

A conversa continuava a se espalhar até que um dia as coisas ficaram tão mal para Maria em Betânia, que ela resolveu ir embora dali. Ela encaixotou seus pertences e viajou montanha abaixo passando por sete colinas até que chegou a uma pequena vila perto do mar, chamada Magdala. Mais tarde ela tornou-se conhecida como Maria de Magdala ou Maria Madalena.

Posso vê-la indo para Magdala, determinada a começar uma nova vida. Ela procura emprego. Ela tenta a loja local, mas eles não precisam dela ali. Ela tenta o mercado, porém eles tinham todos os empregados necessários. Talvez ela tenha tentado até mesmo como cozinheira em Magdala, esperando utilizar umas poucas coisas que aprendera com Marta. Porém, eles não necessitavam de qualquer auxílio.

Após caminhar pelas ruas de Magdala, procurando emprego e sentindo fome, um dia Maria cede à tentação de ganhar algum dinheiro fácil: “Por que não? Você já está nisso. Há mais cordeiros de onde os outros vieram.”

Facilmente Maria conseguiu encontrar aqueles dispostos a pagar o seu preço e, surpreendentemente, teve também muita aceitação. Porém, sua carga de culpa torna-se cada vez mais pesada. Para ela era cada vez mais difícil esquecer os dias felizes em Betânia, antes da morte de seus pais, antes de Simão – os dias nos quais ela havia conhecido a paz.

Um dia, um Pregador itinerante veio à vila de Magdala. Ele não foi à sinagoga para pregar. Ali não haveria lugar para a multidão. Ele falou ao povo lá fora ao ar livre. Ele disse coisas como: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei.” S. Mateus 11:28. ”… todo aquele que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora. “S. João 6:37. ”… não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento.” S. Mateus 9:13.

Maria se manteve hesitantemente ouvindo na borda da multidão. Ela nunca tinha ouvido antes coisas assim. Enquanto ouvia, sentiu o coração estranhamente aquecido. Ela esperou até que a multidão saísse e então foi a Ele e mostrou sua grande necessidade de auxílio.

O pregador itinerante ajoelhou-Se e orou por ela a Seu Pai, para que ela pudesse ter a esperança de que necessitava. Maria aceitou um novo Mestre. O diabo foi vencido e Maria converteu-se exatamente ali.
Que bela história!

Eu gostaria de poder dizer que a história terminou aí e que Maria viveu feliz desde então. Porém, não foi exatamente assim, porque o Pregador saiu da cidade e Maria, não. Talvez ela devesse ter ido. Ali em Magdala estavam as mesmas pessoas, os mesmos amigos, as mesmas vozes no mercado que chamariam o seu nome. Ao passarem os dias, Maria descobriu que embora tivesse aceito a paz que o Pregador havia oferecido, a influência para “baixo” era muito forte. E Maria caiu.

Nessa história temos um dos mais belos exemplos em toda a Bíblia, de como Jesus tratava os caídos, os perdidos.

Jesus veio à cidade outra vez. Outra vez as multidões reuniram-se ao redor dEle ouvindo-O. Outra vez Maria encontrou seu caminho no meio da multidão, admirada – admirada de que aquilo pudesse ser verdade. Sim. Ele ainda estava dizendo: “… O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora. ” Isto ainda era bom.

Ela foi a Ele e descobriu que Ele ainda a aceitava. Outra vez revelou suas necessidades com lágrimas. E outra vez, Ele ajoelhou-Se e clamou a Seu Pai em favor dela. E outra vez Jesus saiu da cidade e Maria, não.

Eu gostaria de dizer que este foi o fim da história. Porém, Maria caiu outra vez, e outra vez e outra vez. Porém, toda vez que Jesus vinha à cidade Maria estava na multidão. Ela era sempre atraída por Aquele que dizia: “O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora.”

Então, um dia Maria recebeu um convite para ir a Jerusalém. Talvez os mensageiros tivessem oferecido uma grande quantia de dinheiro por seus serviços. Talvez tivessem oferecido projetos de um casamento. Ou possivelmente tivessem lhe dito que ela era necessária em casa – que seu tio Simão os havia enviado a ela. Seja qual tenha sido o método, Maria foi dominada. E a exposição pública que ela havia temido por muito tempo tornou-se uma realidade.

A porta do apartamento que havia sido providenciado se abriu. Altas vozes denunciaram-na como pecadora, merecendo morrer. Mãos rudes a agrediram e a empurraram para a rua. Maria fechou os olhos e desejou a morte.

Ela foi forçada através das multidões e lançada na presença de Jesus. Gritos de acusação enchiam o ar enquanto Maria se encolhia ali, tremendo, esperando as pedradas finais. É claro que ela havia lotado seu cálice de culpa – nem mesmo Jesus estaria apto a ajudá-la agora.

Enquanto ela esperava ali, em seu temor e vergonha o som da multidão começou a diminuir. Maria se encolheu para receber a primeira pedrada. Mas, em vez disso, ela ouviu uma voz gentil perguntando: “Onde estão os seus acusadores? Nenhum homem a condenou?”

Maria ergueu a cabeça, todos os seus acusadores tinham desaparecido. Incrédula, ouviu as palavras de Jesus: “Nem Eu a condeno, vai e não peque mais.” Outra vez Maria ajoelhou-se aos pés de Jesus clamando por Seu perdão, por Seu poder. Veja S. João 8. Naquele dia Maria aprendeu uma coisa que ela não tinha aprendido antes – e que nós precisamos aprender hoje.

Ela aprendeu que era possível encontrar Jesus através de Sua Palavra – orar a Ele onde quer que ela estivesse. Ela aprendeu que era possível ficar aos pés de Jesus, mesmo quando Ele não estivesse na cidade. Você já descobriu isso? E difícil pecar quando você está assentado aos pés de Jesus. Aí está o poder.

E mesmo que Jesus seguisse Seu caminho, Maria estava pronta a continuar a Seus pés, buscando-O e permanecendo em Sua presença.

E então Maria teve uma idéia brilhante. Por que não voltar para casa em Betânia, para Marta e Lázaro? Tão logo a idéia surgiu, o próprio sangue começou a cantar em suas veias. Certamente o poder de Jesus seria suficiente até mesmo para lidar com seu tio Simão. Assim, ela arrumou seus pertences e se dirigiu para Betânia.

Ao avistar a cidade, ela começou a ouvir um solitário clamor comum naqueles dias. Quanto mais se aproximava, mais claro o som se tornava. Era um leproso, do lado de fora dos muros da vila de Betânia.
Aquele som era comum. Naqueles dias, a lepra era chamada o flagelo – o dedo de Deus. A lepra era considerada um julgamento. Na verdade, qualquer doença era considerada um castigo pelo pecado.

Porém, a lepra era a pior. Não fazia diferença se você era o líder da cidade, um líder na sinagoga ou um fariseu. Se você ficasse leproso, seria declarado impuro ou imundo. Você seria lançado para fora da cidade. Você se assentaria ao lado da estrada divulgando sua calamidade gritando: “Imundo, imundo”, suplicando a alguém que lhe jogasse um pouco de pão.

Assim, ao aproximar-se, Maria notou o clamor, até que subitamente ela reconheceu alguma coisa na voz que gritava “imundo”, era Simão seu tio que a havia levado ao pecado.

E quando eu ouvi isso, eu disse a mim mesmo: “Ótimo! Bem feito para Simão! Que ele apodreça ao lado da estrada.” Isso lhe dá uma idéia do que eu penso.

Maria puxou sua manta ao redor do rosto e foi à vila de Betânia, tentando desenvolver a idéia de que ela não tinha mais nada a temer de Simão, o fariseu.

Ela estava tão ansiosa por ver novamente Marta e Lázaro. Subiu rapidamente os degraus até a porta. Uma alegre reunião se seguiu e as lágrimas fluíram mais uma vez, pois a família estava unida.
Mas, as notícias começaram a se espalhar ao redor: “Maria está de volta.” “Cuidado com Maria!” “Você ouviu o que aconteceu em Jerusalém?”
“Dizem que ela está mudada.”
“Bem, ela não vai agüentar por muito tempo.”
“Eu já ouvi que ela já mudou antes e nunca durou.”
“Cuidado com ela.”

Era assim que as pessoas falavam naqueles dias.
Era difícil para Maria suportar os cochichos e mexericos. Mas, ela resistiu, determinada a partilhar com alguém mais as novas sobre o Amigo que ela havia encontrado, o Amigo que sempre a amava e a aceitava. O Amigo que não a condenara, mas que lhe deu poder para não mais pecar. Ela queria que outros encontrassem o Amigo, em cujos pés ela gostava de assentar-se. E ela esperou ansiosamente pelo tempo em que Ele visitaria a cidade de Betânia.

Logicamente Ele o fez. Um dia Jesus viajou pelas montanhas até Betânia, com Seus doze companheiros. Ao chegar à cidade, Ele também ouviu o clamor que Maria tinha ouvido – “Imundo, imundo!” Parece quase impossível compreender. Mas Jesus achava difícil passar pelos leprosos. Ele não podia passar por eles e deixá-los para trás, mesmo quando nove décimos deles nem se deram ao trabalho de dizer-Lhe “muito obrigado”.

Assim, Jesus parou ao clamor de Simão, o Leproso. Ele tocou o intocável e o fez perfeito novamente – exatamente assim. Ele não insistiu que Simão primeiro O aceitasse como Salvador. Ele simplesmente o purificou.

Eu costumava pensar que as únicas pessoas curadas fossem aquelas quase prontas para a trasladação, mas Jesus curou Simão, o pecador, o impuro, o imundo, o não-arrependido – quando ele não tinha nem mesmo aceitado Jesus como Salvador. Jesus curou Simão completamente, por aquilo que Jesus era e não pelo que Simão era.

Você já imaginou como Maria deve ter se sentido quando ouviu as notícias? Talvez Jesus tenha lhe confirmado que o poder de Simão sobre ela já estava rompido.

A cura, porém, é alguma coisa muito pesada para ser colocada sobre um fariseu. Um fariseu é acostumado a obter suas recompensas. Essa dádiva de Jesus era demais para Simão receber. Assim, após ele ter voltado a Betânia e sido reintegrado em sua posição na vila, você o vê agitando-se e revirando-se à noite, caminhando pela rua de dia, tentando imaginar o que faria. Ele não estava apto a receber ou merecer tal cura. Porém, subitamente, ele teve uma idéia. Ele não tinha merecido isso antes, mas, por que não merecer depois? Simão disse a si mesmo: “Eu vou pagar a esse Homem pelo que Ele fez. Vou fazer uma festa em Sua honra. ” Veja S. Mateus 26; e S. João 12.

Agora a mente de Simão estava acelerada. Marta seria a pessoa encarregada de preparar o jantar – isto era aceitável, tudo bem. Mas Maria não foi convidada. Simão estava se sentindo incomodado com a presença de Maria. Quem sabe? A lepra pode ter vindo sobre ele por causa de seu envolvimento com ela – era melhor não arriscar.

Quando a noite do banquete chegou, Maria ficou em casa. Ela gostaria de estar com a multidão de pessoas, embora algumas delas ainda ficassem frias com sua aproximação. Porém, o que realmente desapontou Maria era o fato de que ela não pudesse ver Jesus.

Maria tinha ouvido Jesus dizer, havia pouco tempo, que Ele iria a Jerusalém e que lá Ele seria traído nas mãos de pecadores. Eles iriam levá-Lo à morte. Com grande despesa pessoal, Maria tinha adquirido um frasco de óleo de alabastro para ungir Jesus após Sua morte. Contudo, Maria não gostava da idéia de dar flores no funeral. Ela desejava dar sua dádiva de amor a Jesus agora.

Subitamente ela apanhou seu frasco de perfume e apressou-se pelas ruas de Betânia, planejando enquanto caminhava. Ela corre através da porta dos fundos e passa pela cozinha. Marta tenta pará-la, mas nada pode deter Maria. Ela se move silenciosamente através da sala escurecida, iluminada apenas por aquelas pequenas lâmpadas de óleo de oliva, até o lugar onde Jesus está assentado. Seu plano é abrir o frasco de óleo de alabastro, ungir os pés de Jesus e sair. E ninguém jamais saberá.

Mas ela se esqueceu de uma coisa. Quando você abre um frasco de alabastro do mais caro óleo, ele grita.

Agora todos os olhos estão voltados para ela. Ali está Simão, na ponta da mesa, apunhalando-a com o olhar. Ali estão Judas e todos os outros. Ela enche a mão de óleo. Ele exala o odor. Ela havia se esquecido de trazer uma toalha ou qualquer coisa para enxugá-lo. Então Maria faz o que naqueles dias era imperdoável – somente uma mulher da rua soltaria o cabelo. Mas ela não pensa nisso. Ela se abaixa e começa a secar o óleo com os cabelos.

Simão, na ponta da mesa, pensa consigo mesmo: “Se esse Homem fosse realmente um profeta, Ele saberia que tipo de mulher ela é.”

Nesse momento, Maria ouve as palavras amáveis de Jesus: “Deixe-a. Ela fez uma boa coisa. E onde quer que o evangelho seja pregado esta história sobre Maria será contada.”
Então Jesus Se volta para Simão e diz: “Simão.” E bem ali está Simão com as palmas das mãos úmidas. Jesus diz: “Simão, eu tenho algo para lhe dizer.” Simão se encolhe, esperando que a máscara lhe seja arrancada do rosto. Ele já ouvira sobre esse Jesus que podia ler os pensamentos das pessoas, e preparou-se para o pior.

Jesus, porém, conta uma pequena história sobre dois devedores, um dos quais devia uma grande quantia e o outro uma pequena divida. Ambos os devedores foram livremente perdoados. Veja S. Lucas 7. Ninguém compreendeu a história, exceto Simão, Maria e Jesus. Mas Simão recebeu a mensagem. Será que ele captou realmente a mensagem?

Simão foi subjugado pelo amor e compaixão de um Homem que podia tê-lo exposto por aquilo que realmente ele era, mas que, em vez disso, velou Sua mensagem com uma parábola e protegeu-o de seus amigos.

O coração de Simão foi quebrado. Ele descobriu tudo que Jesus tinha feito por ele e que ele jamais poderia retribuir. E bem ali, em sua própria festa, Simão aceitou a Jesus como Mestre, Salvador e Senhor. Jesus também conquistou Simão. Que história!
E se Jesus pôde aceitar Maria e Simão, certamente Ele está apto a aceitar você e eu, hoje, perdoar-nos e amar-nos até o fim.

Autor: Morris Venden

"Perseverai na oração." Colossenses 4.2



"Perseverai na oração." Colossenses 4.2


É interessante observarmos como somos reiteradamente instados pela instrução divina pela prática da oração, quer por meio de exemplos, quer preceituando quer proclamando promessas. Mal abrimos a Bíblia deparamos logo com estas palavras: “Daí se começou a invocar o nome do Senhor” (Gênesis 4.26) ; e ao encerrarmos a mesma Bíblia, “Amém” soa-nos aos nossos ouvidos em forma de súplica fervorosa. 

Os exemplos se multiplicam. Encontramos Jacob lutando; mais adiante, um Daniel, que ora ao Pai três vezes por dia, um David que clama ao Senhor com todo o seu coração. Na montanha, vemos Elias; na prisão, Paulo e Silas. Temos numerosas referencias e incontáveis promessas. O que nos ensina isto, senão a sagrada importância e a necessidade absoluta da oração? 

Podemos estar certos de que o que Deus destacou em toda a Sua Palavra foi com o propósito de que nos fosse manifesto para que em nossas vidas também assim seja. Se Ele falou muito sobre oração é porque sabe qual a real necessidade que temos dela, como dependemos dela em absoluto. Tão profundas e reais são nossas necessidades que, até entrarmos no gozo celestial, nunca devemos cessar de orar. Não precisa de nada? Então receio de que não esteja plenamente convicto quanto à sua pobreza. Não tem nenhum alvo de misericórdia a pedir a Deus? Será apenas assim, com ela em si, que essa mesma misericórdia do Senhor lhe tem como mostrar a sua desgraça real! A alma sem oração é uma alma sem Cristo. A oração é o balbuciar do crente ainda bebé, o clamor de qualquer crente na batalha, o réquiem moribundo que falece santo, descansando é em Jesus. Ela é a respiração, o lema, o conforto, a força, a honra de qualquer cristão. 

Se é filho de Deus, buscará o rosto de seu Pai e viverá no amor de seu Pai seguramente. Ore para que neste ano você possa ser santo, humilde, zeloso e paciente; tenha comunhão mais íntima com Cristo e entre com mais frequencia na sala onde se banqueteia em todo Seu amor. Ore para que possa ser um exemplo e uma bênção para os outros e que possa viver mais para a glória de seu Mestre. A directriz para este ano deve ser: “Perseverai na oração.”

Por Charles Spurgeon

O Senhor te abençoe e te guarde - Números 6:24-26


O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei? - Salmo 27:1


Vinde a mim todos os que estais cansados - Mateus 11:28


"Os meus pensamentos são mais altos que os seus, diz o Senhor" Isaías 55:9


Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade - I Pedro 5:7


Reflexão de Charles Spurgeon: "O que eu devo temer com Deus ao meu lado?"



"Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a clamações: Haja graça e graça para ela!" Zacarias 4:7

Neste momento, uma montanha de dificuldade, inquietação ou necessidade pode estar em nosso caminho; e nossa percepção natural não vê qualquer caminho que passe por cima, ao redor ou através dela. Permitamos que a fé entre em ação, e, logo, a montanha desaparece, tornando-se uma planície. No entanto, a fé precisa, antes de tudo, ouvir a Palavra do Senhor: "Não por força nem poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor do Exércitos" (Zc 4:6). Essa grande verdade é um princípio necessário para enfrentarmos as intransponíveis aflições da vida.

Percebo que não posso fazer nada e que toda a confiança no homem é inútil. "Não por força". Reconheço também que não posso depender de qualquer instrumento visível; o poder está no Espírito de Deus, que é invisível. Deus tem de agir sozinho; os homens e os recursos não devem ser levados em conta. Se o Deus todo-poderoso se preocupa com seu povo, então as grandes montanhas nada representam. Ele pode remover as montanhas, assim como um rapaz joga a bola para diversos lados e a conduz com os seus pés. Deus pode compartilhar comigo esse poder. Se o Senhor me ordena remover os Alpes, posso fazê-lo por intermédio de seu nome. Pode ser uma elevada montanha, mas, diante de minha fragilidade, ela se tornará em uma planície, pois o Senhor o disse. O QUE EU DEVO TEMER, COM DEUS AO MEU LADO?